Verificado por: @OPoderDeEleger
Está circulando pelo WhatsApp uma corrente dizendo que o filho de Marcelo Crivella, prefeito do Rio, vai omitir o sobrenome do pai para supostamente enganar eleitores. Verificamos junto ao Tribunal Superior Eleitoral como ele fez o registro de sua candidatura. O prazo terminou dia 15 de agosto. Ao fazer o registro da candidatura, os políticos escolhem como querem aparecer nas urnas – foto e nome. O filho do prefeito do Rio não abriu mão do sobrenome do pai e aparecerá nas urnas como “Marcelo Crivella Filho”. Seu outro sobrenome é Hodge, e não Hoope, como diz a corrente. Mas este não constará nas urnas.
Ao se candidatar à vaga, o filho de Crivella tenta inaugurar uma dinastia no Congresso. Antes de ser prefeito, Crivella era senador pelo estado do Rio e seu filho, em vez de negar o nome do pai, prefere apostar nele para atrair mais votos. A escolha por outro sobrenome poderia se dar pela baixa popularidade de Marcelo Crivella na prefeitura, que chegou a 58% de reprovação no primeiro semestre deste ano, segundo o Datafolha. Ainda sim, essa não foi a escolha do candidato Marcelo Crivella Filho.
Marcelo Crivella é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus há mais de 12 anos e sobrinho do fundador da instituição, Edir Macedo. Frequentemente, o político é acusado de atender aos interesses da igreja em seus cargos políticos. Este ano, diretoras de escolas públicas informaram ao Ministério Público que pastores da Universal pediram para usar o espaço escolar para “ações sociais” da igreja. Em 2006, um culto da Universal aproveitou para pedir votos a Crivella, então candidato ao governo do estado. Na época, ele era Senador da República.
Estes são os passos a seguir antes de enviar uma corrente. pic.twitter.com/3gWFuHZ19L
— O Poder de Eleger (@OPoderDeEleger) 1 de septiembre de 2018
Fontes:
TSE: http://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/estados/2018/2022802018/RJ/candidatos
Folha: https://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u82541.shtml
O Poder de Eleger é um projeto para monitorar informações sobre as eleições no WhatsApp. Ao contrário de outras iniciativas de checagem, nós não só verificamos as correntes, mas também devolvemos a informação por WhatsApp, no formato de gifs e áudios. A ideia é criar uma corrente com a informação verificada no mesmo veículo em que ela circulou originalmente. O projeto, da organização Chicas Poderosas, também está na Colômbia, México e Venezuela. Se quiser encaminhar uma corrente para checagem, ou se quiser receber nossas verificações, clique no link e envie uma mensagem pra gente: http://bit.ly/OpoderDeElegerBR. Você também pode adicionar nosso número nos seus contatos!
